sábado, 19 de novembro de 2011

Passaros Blindados...


Anjo de morte, que quer a todo tempo atormentar-me
Dizendo palavras horríveis de angustias em meus ouvidos
E as duvidas que me cercam sempre teimando no vazio
Jogando-me em um extremo abismo vagarosamente
Que os gritos ardem e queimam por dentro
E a tristeza lá se torna ainda mais dominante
Cobrindo-me com um manto escuro de saudades perpetua
A mesma saudade que me persegui por anos e anos
Penetrando minha pele de mármore, amolecendo-a
Espero que um anjo ouça meus gritos
E não demore mais a resgatar-me dessa insanidade
Ao contrario do que dizem o amor só machuca
Ferindo cada parte de meu corpo com uma florete
Florete que ao terminar de cortar minha carne
Deixa meus pingos de sangue por todo o chão
Marcando rastros de minha infeliz agonia
Como eu anseio por meu anjo amado de ouro
Vejo-o sempre chegando com as asas abertas voando
E abraçando-me, levando-me a flutuar em meio pássaros blindados
Blindados com pureza e amor, pela natureza adentrando
Minha única duvida é ... Porque essa demora me dói?
Porque esse tempo não pode amenizar essa dor
Porque, tantos podem serem felizes e eu sempre com essa saudade
Sempre levando barreiras no peito, dificultando minha passagem para o meu amor
Será que os Deuses me esqueceram aqui no submundo?
Será que nada valeu a pena nessa trilha que permaneço a trilhar
Será que um dia, essa retaliação vai chegar ao fim?
Será que meu anjo vem me amar para sempre?