sábado, 25 de maio de 2013

A Espera da Tempestade...


Tempestade insaciável, não cessa, não cala, só cai sem parar...
Lavando minha alma que teima a molhar, desbotando meus medos,
Colorindo minha noite em gotas cair...
Calafrios que nascem na espinha e morre no tempestuoso cabelo de meu corpo suado...
Molhando meu rosto, o que sinto é suave.
Entorpecendo minha pele no silêncio vazio de noites de Abril.
E por volta pessoas que agem estranhamente aos dentes rugir, pairando ao redor de um bar sento e observo seus passos na chuva ao cair, tão perdidos dentro de mim contínua vagar.
Sentada inerte, assim contínuo com coração petrificado, calado, vazio por ver que tudo mudou nessa estação de Abril.
Só sinto a tempestade batendo nas janelas, querendo entrar, fico imaginando os vidros estilhaçando, enfiados no chão a brotar.
Meu corpo molhado, fazendo trazendo a percepção que ainda estou viva, as águas me move, acelera em meu peito um que antes coração vazio, que havia morrido por não suportar essa dor que consome, mais que as águas que entram pelos poros é mais forte que sangue sombrio.
Então não vejo nada só sinto o gelado da noite a entrar.
A noite calada eterna alvorada sem nada falar, estrelas apagadas no céu só a cinza da tempestade se formando.
Procuro o relógio, mas seu tilintar se foram no vento.
O passado é o único que não cala e embarco no tempo.
Na mente vazia só ouço seu nome sem nada lembrar.
E ao clarear com a chuva se cessa e o sol volta a reinar, com ele um calor que nunca aquece meus lábios que tocam...
As flores de meu amor desejado se foram.
Deito-me com elas de bocas abertas não saem nem um som, quem dera se as rosas falassem em prosas, cantando em seu corpo.
Saudade que mata, largando a alma em qualquer canto das ruas, procura e nunca alcanço.
Contínuo a dançar entre as flores congeladas imóveis, assopro, pisoteio e as pétalas não saem do lugar, nem a brisa alcança meus cabelos e assim contínuo petrificado.
Então as lágrimas rolam, no silêncio a tentativa de fazer-me respirar, mas apenas a chuva com suas trovoadas e lampejos de luz é capaz de movimentar meu corpo e essa alma que embora perdida grita para minha metade encontrar o meu canto.
Espero olhando a aurora, que avisa que mais uma vez a chuva cairá, a tempestade tão desejada por mim em meus labiosos tocar e em meu corpo rolar.
Só perante a chuva que algo faz sentido fluindo de mansinho, molhada meu corpo e assim sussurrando seu nome se abrindo nas nuvens.
Brotando em meus lábios aquele sorriso entre nuvens escuras, águas que batem escorrendo por meu vitral de açúcar, matando a saudade do amor perdido por mim, Sussurros cálidos mas que soam tão bem ao tocar meus ouvidos.
Queria tempestade não tarde a voltar.
Meu corpo te implora em fim não ver a hora de meus lábios beijar...