quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Até os fim dos tempos...

 

 
 
 

 
Esse coração que sangra é o mesmo que um dia amou demais.

Por um simples reflexo da natureza, guardou um brilho em algum lugar.

Talvez tenha sido apenas um delírio de um coração que sempre quis amar de verdade.

Ou apenas seja um abandono de meu ser que se cansou de falsos amores, que trilham caminhos diferentes, sonham diferente, amam diferente...

Tem sido chuvas intermináveis dez de que você partiu, tempestades impetuosas, deixando lembranças que talvez jamais existiu.

Afogo-me no dilúvio das águas de meus olhos só para a alma acalmar e nessas idas e vindas outra vez puder te encontrar, vejo você no final da trilha negra, mas minhas mãos não alcançam, tento correr e abraçar o teu mundo que ainda é de uma criança.

Sempre fui uma lutadora, tanto na vida quanto na morte, mais que hoje me soa banal por não ter conhecido a sorte.

A sorte do aconchego de um lar não conheceu...

A sorte de um amor sem maldades que jamais eu vivi...

Não posso mais cantar uma canção de amor tendo um coração sangrento, pois tenho consciência das mágoas que estou vivendo por dentro.

E em mínimas palavras não descreveria tamanha melancolia que cinto.

Pois hoje vejo que não sou boa como imaginava e aquela inspiração que antes escorria pelas minhas veias, secaram...

Trémulas murmuras de amor não me lembro mais como são... Pois não tenho um anjo que arranque meus suspiros, que me faça gritar em meio a multidão por meu amor e devaneios.

Quero que ele me note como verdadeiramente sou... Um anjo trazendo a morte em meu leito com uma flor. Sou assim, amo assim e na escuridão gosto de iluminar um amor impossível, que percorra pelo vale da morte flutuando e invejando quelas que habitam...

Não há motivos para mentir... E muito menos ilusão é o que somos e isso me basta... quanto mais negro e romântico for, para mim se torna encantados, não gosto de ouvir que a bondade reina em nosso universo porque me soa mentira, e o lado negro um pouco ao menos todos habita... Por isso te amei tanto querida, pela sua verdade que nunca soou iludida.

E estar ao teu lado por toda eternidade parece ser impossível nesse plano que vivemos, até o céu explodirem deixando com que suas pétalas me alcance e as palavras não fizerem sentido ao toque de teus lábios, não quero rimas odeio a mesmice, quero teus olhos que dizem tudo sem pronunciar uma palavra.

É lá que te espero no escuro quando as estrelas se apagarem e restar o brilho de uma apenas... Pois você é a minha única estrela o astro mais vaidoso de todos os planetas. E sei te levo na mente e alma até a morte para fazer os dias melhores que viram para aqueles condenados sem esperanças com o coração marcado pela dor.

Só pode ser lá que se escondes de mim, onde a morte é perpétua e a dor inflama o corpo com a lama deixada pelos caminhas percorridos. O que eu não daria para entrar nesse mundo dos mortos, apenas para percorrer meus dedos pelos seus cabelos, escorrendo as mãos pela sua pele gélida e em fim tocar os lábios com desejos ardente com o corpo colado ao teu, até que o céu alcance nossos pés cansados da mesmice desse mundo.

Quando murmuras suas preces, lembre-se que ate os deuses cometem erros e quando abraçar um anjo e ele te puxar para dentro dele, quando esse anjo disser no olhar as palavras certas que você precisa ouvir não existe, porque esse anjo não sou eu, mais as palavras que vera nos olhos dele serão minha para ti, as mais profundas de meu amor guardado por anos para entrega-las a ti meu amor obscuro... Direi através dele até o fim dos tempos, clamando meu amor imperfeito e negro, porém verdadeiro em meio a falsas verdades... Que para sempre há qualquer hora e lugar '' Te Amarei Para Sempre'' até o fim dos tempos...