quarta-feira, 20 de maio de 2015

Despertando...


Quando Abri os olhos ao despertar.
Senti um vazio tomando conta de tudo, olhei para o lado e você não estava,
Levantei com lágrimas nos olhos há revirar os cantos da casa em busca de seu semblante. Ou apenas um toque de seu olhar a tanto tempo perdido. 
Mas nada, nada é capaz de alcançar tamanha ansiedade que se cala e transborda em lágrimas e sonho,
Quando as palavras já não faziam sentido, era lá que você morava e tudo que restava era o céu tão imenso e sublime quanto o sol que nasce para fazer valer a vida,
Preferia ver as palavras voando, que sentir elas cravando na pele como ferro em brasa, lembrando do tempo que não passa...
Tempo esse que permite todos os soluços que um dia eram sorrisos.
E as vozes que perguntam o porque de tanto vazio, tentei inúmeras vezes plantar uma flor nesse buraco, mas como tudo na vida precisa do sol para crescer, essa flor não sobreviveu as escuras e doloridas feridas que o tempo marcou.
Tempo que cura...
Tempo que cala...
Tempo que não foi capaz de apagar os traços e rabiscos de lembranças deixadas pela saudade.
E essa saudade é que me invade, vai matando pouco a pouco aquela alma que um dia foi menina e em seus braços sorria, sem saber o que era certo ou errado.
As passagens rodeando a janela que me chama para um mundo que não me pertence mais.
Um mundo que eu deixei a tantas luas que perdi as contas...
Nas prateleiras sobrou os contos de amor e poemas escritos com tanta paixão que deu lugar para o amor e se faz hoje solidão... As fotos amareladas que sinto ser incapaz de mudar algo, apenas aumenta as noites ficando tudo turbulentos os meus passos pesados, arrastando esses momentos na memoria.
Eu vejo o movimentar do mundo lá fora e da minha janela acompanho, faço-me presente em cada instante onde parece que só existe um corpo vazio e que a alma voa os horizontes paralelos entre o amor e o desejo de penetrar um deles,
Vou caminhando, reparando nos sorrisos soltos e largos, nos dedos entrelaçados e nos lábios que se tocam com carinho.
Noto como eles são rodeados de pássaros felizes, cantando para os casais enamorados.
A bebida que era necessária não tem sabor e fica a pergunta que nunca se cala...
Porque o tempo não passa e leva com as gotas de chuvas embora toda essa ausência que machuca.
Porque tenho tanta paciência em esperar por um lugar que já mostrado pelo tempo esta perdido no passado...
Eternamente...

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